quinta-feira, maio 08, 2008


ACORDO ORTOGRÁFICO
JÁ SÓ FALTA ALTERAREM A BANDEIRA O HINO NACIONAL E APAGAREM, DE UMA VEZ POR TODAS, COM A NOSSA CULTURA E A NOSSA HISTÓRIA.

Ana Isabel Buescu, António Emiliano, António Lobo Xavier, Eduardo Lourenço, Helena Buescu, Jorge Morais Barbosa, José Pacheco Pereira, José da Silva Peneda, Laura Bulger, Luís Fagundes Duarte, Maria Alzira Seixo, Mário Cláudio, Miguel Veiga, Paulo Teixeira Pinto, Raul Miguel Rosado Fernandes, Vasco Graça Moura, Vítor Manuel Aguiar e Silva, Vitorino Barbosa de Magalhães Godinho e Zita Seabra estão entre as 11 mil assinaturas que deram entrada na Assembleia da Republica para contestar o novo acordo ortográfico.
O Manifesto contra o acordo «pretende contribuir com um poderoso movimento de reflexão, apoiado pela opinião pública, sobre os defeitos do Acordo Ortográfico e a necessidade de o bloquear».
Com «inúmeras imprecisões, erros e ambiguidades», «mal concebidas» e «desconchavadas», «sem critério de rigor», «desnecessárias» e «perniciosas», além de ter «custos financeiros não calculados» é como os signatários vêem a projectada reforma ortográfica, que a Assembleia da República vai discutir e votar no dia 15.
O Acordo Ortográfico, que visa unificar a escrita do português, foi alcançado em finais de 1990 e deveria ter entrado em vigor em 1994 mas apenas três dos Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe - aprovaram quer o acordo quer os dois protocolos modificativos entretanto estabelecidos entre os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

Pessoalmente, não sou contra qualquer tipo de alteração na nossa língua mãe.
Isto, desde que essas alterações sirvam para adaptar e melhorar o nosso campo linguístico e não como um mero acordo com o único intuito de o adaptar a dialécticos linguísticos que nada têm de conexão com a língua mãe.
Temos, e devemos, de melhorar o ensino da nossa língua.
Aqui, sim!
Mas – jamais!!! – Transformar a língua mãe numa amalgama de escrita só para agradar a algumas sapiências pardas que pretendem destruir tudo o que tenha haver com o nosso passado, com a nossa história e com a nossa cultura.
Eu sou cidadão português e não cidadão do mundo. Renego, por completo, essa nomenclatura.
Manuel Abrantes

Comentários:
Caro amigo Manuel Abrantes, tenho lido muito a respeito deste acordo, e muito tem sido publicado no www.portugalclub.org. Respeito o seu contra, mas sei que tambêm é democrático o suficiente para aceitar que portugueses como eu sejam a favor. Não é um "Acordo" para agradar "dialetos" mas sim para modernizar a Lingua Portuguesa. Só um detalhe: No Alfabeto portugues, incompreensivelmente falta o W, Y e o K... é possivel ? as mudanças são poucas... Apenas se retiram das palavras as letras que não se pronunciam. Angola e monçambique podem não ter assinado o acordo antes, mas sabemos que estão hoje totalmente em acordo. Se a AR Portuguesa, recusar aprovar o "Acordo" corre um grande risco. decretar o fim ... ou o inicio do fim da lingua portuguesa... Portugal ficará orgulhosamente só. Na Internet já tem as duas opções. Brasileiro e Portugues. Quêm será que o mundo inteiro vai seguir? O Presidente da Republica da época António Sampaio, aconselhou os portugueses a estudar a lingua do Espanhola. O Sócrates, já elogiou as crianças portuguesas que falam o inglês. Amigo Manuel abrantes, dou-lhes o direito de escolha: Portugues, Espanhol ou inglês ? escolha.... Se o acordo for arrogantemente negado pela AR de Portugual, se declarando unicos donos e senhores da lingua portuguesa... O Brasil, estará no direito de seguir as orientações que vem de Portugal... Sair com o registro na ONU da "LINGUA BRASILEIRA". Vamos ter muito cuidado. A Lingua Portuguesa está entre a 3ª ou 5ª lingua falada do mundo. Pode ficar tão diminuida que deixe de ter qualquer importancia no mundo. Depois do Salazar , só estamos diminuindo. 25 abril, acabou com o império, 15 de Maio de 2008, poderá ser o inicio do fim, da lingua Portuguesa. O Brasil, é... e será no futuro , um império comercial, uma potencia, Portugal só tem a ganhar e se beneficiar com isso... Casimiro Martins Rodrigues www.portugalclub.org casimiro@casimiro.info
 
Amigo Casimiro

Também eu respeito as suas razões.
Mas dou um exemplo:
Porque há-de ser o Português materno a adaptar-se – como exemplo - ao português do Brasil e não vice-versa ?
E quando digo do Brasil, digo de todos os países que adoptaram a língua portuguesa como língua oficial .

A língua mais falada no mundo é o Inglês. E o Inglês falado e escrito na Inglaterra, que eu saiba, nunca se preocupou em adaptar-se ao inglês dos Estados Unidos, do Canadá, da Austrália ou da Nova Zelândia. E não é por isso que deixa de ser a língua mais falada no Mundo.
Uma língua tem haver com um passado histórico e não com números de falantes, de dimensões geográficas ou de poderio económico.

E, que eu saiba, um acordo só é um bom acordo quando servir todas as partes e não apenas algumas.
Manuel Abrantes
 
A lingua mais falada do mundo é o mandarim chinês, acho que o mundo inteiro deveria ser obrigado a aprender essa lingua e rejeitar definitivamente as linguas maternas.
 
Caro amigo Manuel Abrantes, só respondendo a sua pergunta:
"Porque há-de ser o Português materno a adaptar-se – como exemplo - ao português do Brasil e não vice-versa ?" ...

Permita que responda:
Deve e vai ter que se seguir o "Brasileiro" porque é mais completo, mais moderno, mais atualizado,.... se o Brasil, retroceder para o "Português" como fica as palavras e Nomes próprios que usam o W, Y e K... ?... aliás em portugal já se usam essas letras!... e em Portugal de Norte a Sul se fala e muito o "Brasileiro" pelos juventude ( e não só) portuguesa. Um Abrçãozão em Brasileiro Caro Abrantes. Casimiro Rodrigues www.portugalclub.org
 
Aqui o nosso amigo Casimiro, esquece-se de uma coisa, é que se vamos pela perspectiva de país com mais poder económico, com mais população e com mais falantes duma língua, vamos mal, então e países como a Dinamarca e a Noruega por exemplo, que tem uma língua só falada em cada um destes países e qualquer deles não tem mais de meia dúzia de milhões de habitantes?
Tinham que adoptar o russo ou o alemão para não "desaparecerem", uma vez que as suas línguas não tem expressão a nível mundial???
Ora batatas!
Essa é uma ideia errada de quem tem apenas uma visão macro-económica do Mundo, por por esse ponto de vista, também o Brasil deveria passar a falar "americano", uma vez que os EUA são mais poderosos económica e politicamente do que o Brasil, não deveria ser assim?
A língua é a principal base da identidade dum povo e é um dos maiores enganos, ou melhor, uma tentativa de enganar os papalvos, ao dizer-se que o povo brasileiro tem uma identidade ligada a Portugal, isso foi há 200 anos, hoje o Brasil é uma manta de retalhos com a mistura de povos dos mais diferentes países do Mundo, desde japoneses, alemães, italianos, e dezenas de outras nacionalidades, aliás basta ver os apelidos de muita gente, para se perceber que não são apelidos de origem portuguesa, onde está então, a identidade comum?
Mas como o meu caro amigo Abrantes disse e muito bem, os ingleses, lá por terem menos população e menos dimensão territorial do que os EUA, não desataram a alterar a sua ortografia só porque os americanos usam um inglês diferente, pois também ele é influenciado pelas diversas línguas faladas por muitos dos que para lá imigraram.
Também a utilização do K, do Y e do W, não fazem sentido na nossa língua, pois são perfeitamente dispensáveis, por haver até outras letras com sons equivalentes, e na nossa língua não haver necessidade dessas letras para nada.
Claro que o nosso amigo Casimiro, penso eu, está emigrado no Brasil, logo é influenciado por palavras e pelas tais letras por força quer dos apelidos quer de outras palavras correntes no Brasil que cá não existem, daí o seu comentário.
Se fôssemos atrás dos países mais poderosos, então há muito que teríamos deitado o português para o lixo, e aquilo que este "acordo" ortográfico pode querer dizer, é que o Brasil lá porque ter maior poder económico, quer tornar-de o "dono" da língua portuguesa, e por esse andar , um dia destes até nós tínhamos de começar a falar com sotaque brasileiro, não era assim?
Assinei com muito gosto, esse manifesto contra o acordo ortográfico e pela primeira vez em muitos anos, vejo uma parte dos meus concidadãos, terem uma atitude patriótica de respeito para com a nossa Nação, tão mal tratada neste últimos 34 anos.
É pena que alguns, por uns míseros tostões, se vendam e se preciso for, até vendem a sua História e a sua Cultura.
Pobres tristes, que não merecem qualquer consideração por parte das gentes honradas desta pobre Pátria.
Para acabar, se alguém se der ao cuidado de visitar meia dúzia de blogues brasileiros, vê que o "português" lá falado, é em muitos casos uma linguagem ininteligível, pois sofre a influência dos dialectos locais e até de línguas estrangeiras, se calhar, qualquer dia também teremos de adoptar essa linguagem miscigenada, a que chamam "brasileiro"!
Cumprimentos.

LUSITANO
 
Um Idioma, seja ele qual for, é parte da Identidade de uma Pátria. Não me repugna que os brasileiros possam ter orgulho em falar aquilo que se convencionou chamar o “português do Brasil”, como me não repugnará que os angolanos venham a orgulhar-se em falar o “português de Angola”, os timorenses o “português de Timor” e assim por diante.

Igualmente não me preocupa que o “português do Brasil” passe a chamar-se “brasileiro”, o de Angola, “angolano”, o de Timor, “timorês” (por exemplo), tudo pelo simples facto de reconhecer que os respectivos naturais possam ter, tal como eu tenho, orgulho em falar como falam, contribuindo, dessa forma, para a criação e manutenção da sua Identidade Pátria. Atente-se, por exemplo, na maneira, quanto a mim propositada, como os imigrantes dos países em questão “recusam” a pronúncia do “português europeu”.

Pretender a existência de um “português universal” é pura utopia. É uma questão de tempo e as actuais “variantes” serão, inequivocamente, Idiomas diferentes. As Línguas têm evolução própria e, hoje em dia, ninguém se lembraria de dizer que o português é o “latim da Lusitânia” ou o francês, o “latim da Gália”.

Querer-se justificar uma falsa uniformização ortográfica com o hipotético desaparecimento do “português europeu” é, como dizia ou outro, patriotismo de campanário. É necessário que o defendamos, isso sim, sobretudo não nos curvando, reverentes, perante o domínio linguístico estrangeiro, seja ele o do inglês, do francês, do mandarim, ou doutro qualquer. Sigamos o conselho de Eça de Queirós e falemos todas essas línguas patrioticamente mal. Será a melhor forma de defendermos o nosso português.

Com bem diz MA, ninguém se preocupa com a uniformização das diversas “variantes” da língua inglesa. Porque raio estamos nós tão preocupados com a uniformização da nossa?

SUEVO
 
Estive a lêr com atenção o post do Sr.Manuel Abrantes, assim como os comentários subsequentes, e cheguei á conclusão que os senhores são os autênticos e verdadeiros "Velhos do Restelo".
Eu como socialista e militante do P.S., sou completamente a favor do acordo ortográfico, e quem é contra,geralmente são alguns despachados da politica activa que ainda tentam ganhar alguma credibilidade perdida na sociedade ou então alguns "velhos do restelo" que é o caso que falo, que não são mais que meia dúzia de pessoas com ideias já ultrapassadas e estão condenados á sua quase insignificância em termos sociais.
A Globalização assim requer que nós façamos alterações linguísticas para encurtar caminho com os nossos pontos fulcrais no mundo.
Por isso este governo(que têm sido excelente, e que vai ganhar a maioria absoluta outra vez.), fez muito bem em avançar com este acordo que só peca por ainda não estar activo.
Por isso meus caros voçês resignem-se perante a maioria que manda neste país e que tudo têm feito para Portugal sair mais digno aos olhos da "Grande Globalização".


p.s.- Quero agradeçer ao Sr. Abrantes o ter deixado este espaço para eu exprimir a minha ideia.
Em relação a expressões como "Velhos do Restelo", etc.
Não são ditas com intuitos de ofensa a ninguém nem da sua maneira de pensar.
Por fim quero dizer que já estive consigo uma vez na altura da sede do PNR na Rua da Prata, do qual eu fui simpatizante , mas depois abri os olhos e segui a minha vida, do qual hoje sou um membro activo da J.S.

Obrigado
L.A.R.
 
Caro
Luís António Reis,
Eu poderei ser um "velho do Restelo" como nos chamou, mas meu caro, já agora dou-lhe um conselho, se o quiser ouvir, claro.
Também eu fui em jovem, um crédulo das teorias socialistas e de solidariedade entre os homens, mas sabe qual foi o resultado?
Foi precisamente que todos aqueles que mais apregoavam a igualdade e a solidariedade e idênticas "virtudes", assim que se apanharam no poleiro, esqueceram isso tudo e trataram foi da vidinha deles.
Se realmente o que quer é tratar da sua vidinha, então aprenda a ser hipócrita, a ser demagogo, a dizer hoje uma coisa para manhã dizer o seu contrário, se seguir esse caminho, pode ter a certeza que "vencerá" na vida, agora se quer ser leal, honrado, sério e honesto, então está tramado, é melhor dedicar-se a vender castanhas.
Passa-se o mesmo com essa conversa do acordo ortográfico, andar a propagar que o mesmo nos vem beneficiar, em quê, pergunto eu?
Para termos uma revisão que vai alterar completamente a nossa maneira de falar e de escrever, não me parece que nos beneficie, pelo contrário, ainda vão pensar que Portugal é uma colónia brasileira, ou seja, há aqui uma inversão dos papéis, Portugal
agora passa a colónia e o Brasil
à sede do Império, mas acha que tornarmo-nos colonizados nos beneficia nalguma coisa?
Aonde é que viu algum povo colonizador beneficiar o povo colonizado???
Agora que aderiu ao Partido Socialista, esquece-se que um dos seus fundadores, Mário Soares, era fortemente anti-colonialista, ou não sabe disso?
E o que é que entende por "globalização"; serem uns poucos (muito poucos), a dominarem todos os outros?
Acha que Portugal e o Povo português, beneficia alguma coisa quando desaparecer numa multidão indiferenciada?
Não acha que se Portugal pode precisar eventualmente do estrangeiro, sejam eles o Brasil ou outros países, também Portugal pode ter alguma coisa a oferecer aos outros?
Pensa que se for "colonizado" como parece querer aceitar, que os melhores lugares lhe vão ser oferecidos a si?
Ou passará a cidadão de 2ª, quiçá de 3ª e "cara alegre"?
Pois meu caro, é isso que o espera se continuar com essa sua "abertura ao Mundo", nunca em tempo algum (leia atentamente a História Universal, cultive-se um pouco), vi que um povo dominador desse grandes chances ao povo dominado, normalmente, estes tornavam-se escravos do primeiro, ou acha que o Homem é um ser bonzinho que tem "muita consideração" com o seu próximo?
Desculpo-o, porque certamente é um jovem, mas ainda tem muito de correr, até começar a ter uma ideia das coisas mais definida.
Por outro lado, como passou de "simpatizante" do PNR a militante do PS, se calhar até já abriu os olhos, a pensar na sua vidinha...claro!
Cumprimentos.

LUSITANO
 
Caro jovem Luis António Reis:

Não imagina a satisfação que o seu comentário me deu!

E não só: fartei-me de rir!

O seu “pretoguês” nem com mil anos de globalização ficará “brasileiro”. Podemos, todos, ficar descansados. Está salva a Portuguesa Língua!

Este parágrafo, então, é uma delícia! Atente-se bem: "requer que nós façamos alterações linguísticas para encurtar caminho com os nossos pontos fulcrais no mundo"

Não haja dúvida. Qual Jorge Amado, qual Eurico Veríssimo, qual quê! Luis António Reis, pois claro! Um assombro!

E, eu, preocupado com a JS! Idiotice minha! Com militantes destes, não é precisa oposição, coisíssima nenhuma. Eles suicidam-se!

SUEVO e VELHO DO RESTELO
 
"A Globalização assim requer que nós façamos alterações linguísticas para encurtar caminho com os nossos pontos fulcrais no mundo."

Ah, ela é isso?
 
Quem é este rapazinho - Luís Reis...?
Simpatizante do PS, aproveitou o espaço para fazer propaganda do seu partido... Enfim, cada um acredita no que quer...
A pena que tenho é que estes jovens não conheçam a História de Portugal. A verdadeira. Se a conhecessem, teriam outras preferências...

Quanto à questão do acordo ortográfico, é pura estultícia defender as alterações. Só as defendem as pessoas que se querem dar ares de "modernistas" e seguir na onda...
Não é preciso esgrimir grandes argumentos para se provar que as alterações que se propõem são um perfeito disparate e um atentado à pureza da nossa Língua.
Por que razão haveremos de ir a reboque de uma adulteração da língua, como a que se pratica no Brasil...?!
Só porque os de lá são em maior número que os de cá?! É este o "grande" argumento dos que defendem o acordo...

Tenham juízo - e aprendam que o bom senso é o melhor conselheiro em tudo na vida.
Infelizmente, bom senso e moderação é o que parece mais faltar aos que decidem...

tiago menor
 
Quem se deve adaptar à lingua falada em Portugal são "eles" todos.E é se querem.....
A língua-Mãe é nossa.
 
Correcção que se impõe: é ERICO Veríssimo e não Eurico.

Ou lapsus calami ou Alzheimer, não sei bem.

SUEVO
 
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