sábado, maio 31, 2008


O ESTRANGULAMENTO DAS SOCIEDADES


A especulação dos países membros da OPEP e toda a teia de sanguessugas especuladoras em torno do petróleo estão a causar uma das maiores crises sociais na Europa Comunitária que, neste sector, depende totalmente das importações.

A sociedade de hoje depende da energia e esta, na sua maioria, depende dos combustíveis fosseis.

As indústrias, especialmente a agricultura, pescas e transportes, dependem dos combustíveis. Com aumentos sistemáticos estas indústrias não conseguem sobreviver e a única forma de minorar o problema é fazer recair os aumentos no preço final dos produtos.
Claro que o consumidor final – base desta pirâmide – está a sentir-se esmagado com todo este peso.
Aliás, já não esta a aguentar e, isto, ainda mal começou…

Se tivermos atenção a toda esta problemática podemos verificar que os aumentos nos combustíveis recaem, especialmente, sobre os bens essenciais. Os produtos bases da nossa alimentação são os que mais dependem dos combustíveis, quer na sua produção quer na distribuição.

Hoje, muitos dos nossos políticos – especialmente os da oposição – exigem uma baixa de impostos nos combustíveis.
Na minha opinião, isto não passa de populismo barato. Alias: chamava-lhe, mais: eleitoralismo. Até porque a baixa de impostos teria de ser organizada no âmbito da União Europeia. E, mesmo assim, todo o bolo do orçamento que vem dos impostos sobre os combustíveis teria de ser substituído por outra proveniência.

E tem mais: - Baixar os imposto era proteger os especuladores – sejam eles quem forem.
Isto é o que a especulação quer!
A ideia não é má. Só que não resolve o problema de raiz. E, quando se baixa impostos num lado aumenta-se noutro. E quem os paga são sempre os mesmo.

O problema é que o actual sistema socio-político está, totalmente, nas mãos do capitalismo selvagem e mundialista.
È isto que nós, Nacionalistas, andamos a dizer e a alertar.
Porra!!! Será que ainda ninguém percebeu isto ?
Ou fingem não perceber ou estão com medo de mexer nas estruturas da economia e de tocar, nem que seja só com um dedo, nos senhores do capitalismo mundial.

Mas será que isto é assim tão difícil de entender ?
Santo DEUS…
Manuel Abrantes

Comentários:
a baixa de impostos sobre combustiveis teria de ser negociada a nível da UE? Muito bem, só falta explicar a disparidade desse imposto entre Portugal e o único país que comnosco comparte fronteira.

RGMateus
 
Sr anónimo.
Não deixa de ter razão.
Só que uma baixa de impostos sobre os combustíveis tem de ser negociado a nível europeu.
E é isso que irão fazer no próximo mês.
Mas não vai resolver o problema.
repare:
Se considerarmos o litro a 1.5 euros e se retirarmos 2% no imposto (valor que eu não acredito) o abaixamento fica em 3 centimos/litro.
O cartel das petroliferas anula isso em menos de 24 horas.
O problema actual não está nos imposto (mas esse problema existe!!!).
O problema actual está na liberalização dos preços e nos países da OPEP.
O sistema é que está errado.
Errado para os consumidores- è claro.

O exagero dos impostos em Portugal é um facto indescutível. Mas o actual problema dos aumentos sistemáticos nos combustíveis não passa por baixar imposto.
Não quer dizer que não "ajude".
Não resolve é o problema.
E baixar os impostos é o que os especuladores querem.
è mais esse que vão comer nos lucros.

Repare:
Se uma GALP estivesse nas mãos do Estado (um Estado que seja defensor dos interesses das populações- entenda)podia regular
os preços e evitar a especulação.
A nacionalização dos grandes sectores da sociedade só é negativo quando essa nacionalização não têm por base os interesses das populações.
Quer um exemplo negativo?
A Caixa Geral de Depósitos.
Como empresa de capitais públicos devia se ela a obrigar os outros a reduzir a exorbitancia do lucro.
Mas não é!
È igual, ou ainda pior, do que as outras entidades bancárias.
Percebeu?
Mas, repito, não deixa de ter razão no seu comentário.
Manuel Abrantes
 
Mais uma vez.
Agora registei-me no Google.
Renato Nunes
 
Caro sr.Abrantes, poderiamos discutir a substituição de combustiveis fóseis por energias alternativas, mesmo pelo nuclear, de forma a minimizar a nossa dependência energética. Mas isso é uma solução para amanhã, porque hoje ao que assistimos é à pauperização das empresas e do nosso povo, e tendo em vista a diminuição da nossa perca de competitividade em relação a Espanha, uma armonização do ISP deveria ser óbvia. Pela lógica a receita ao invés de diminuir, aumentaria pois verificar-se-ia uma inversão nos consumos que tanto as empresas como os particulares realizam em Espanha.
Quanto à re-nacionalização da GALP, ambos sabemos que isso aindanão é possível, primeiro temos de nos enterrar ainda mais, até esse tipo de medidas poderem ser postas em prática.

Saudações
RGMateus
 
RGMateus
Uma re-nacionalização só seria positiva com outra mentalidade politica.
Não é com os políticos actuais que isso iria surtir efeito.
Nacionalizar - no bom sentido - é dar à Nação.
E a Nação são os povos.
MA
 
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