sábado, novembro 01, 2008


AS ADVERTÊNCIAS DO GENERAL LOUREIRO DOS SANTOS



As declarações do general Loureiro dos Santos, antigo chefe do Estado-Maior do Exército, sobre o “mal estar” que prolifera nas Forças Armadas, poderia levar a acções de natureza golpista – as palavras são minhas, não do general – por parte dos militares mais jovens.
“Atitudes irreflectidas “, segundo as palavras do general.

Para Loureiro dos Santos, “as questões essenciais – o sistema remuneratório, o pagamento de pensões e a questão do apoio de saúde [aos militares] – não têm sido resolvidas” pelo Governo de José Sócrates.

Que prolifera descontentamento nas Forças Armadas, isso já nós sabemos e há muito. Uma série de benesses foram sendo retiradas ao longo dos tempos aos militares e suas famílias. Mas, esta situação não é diferente do resto da população.
O governo do senhor Sócrates tem vindo a colocar este País no limiar da pobreza.
“Limiar da pobreza! – claro – só para as populações, porque a classe politica, e o jet-set da economia, não têm sentido os agravamentos. Bem, antes, pelo contrário.

Os militares de carreira, desde há muito, não têm tido grandes vencimentos. Contudo, esta situação sempre foi colmatada com uma série de benesses extensivas às suas famílias.
Ora, o governo do senhor Sócrates resolveu retirar grande parte delas aos militares. Mas também não foram só os militares, foi a população em geral. E, essa, nunca teve as tais benesses que premiavam os militares de carreira.

A questão da remunerações, das carreiras, das pensões, de mais apoio da Saúde exigido, agora, pelos militares é o mesmo grito de desespero que corre nas gargantas de milhões de portugueses.
Os senhores militares não deixam de ter razão. A mesma razão que têm milhões de portugueses.
Estamos todos numa “miséria franciscana”.


Quanto à possibilidade das tais “atitudes irreflectidas” que – ninguém o disse, mas subentende-se – poderiam levar a golpismos militares, deixemo-nos de tretas.
Os militares, hoje, são profissionais. Vivem do seu salário de militares. O que conta é o vencimento. È um emprego como outro qualquer.
Por mais que isto nos doa é a verdade.
Quando acabaram com o serviço militar obrigatório atiraram com a instituição militar para o sector do mercado de trabalho.
Grande parte dos jovens de hoje quando já não encontram alternativas de trabalho recorrem à via militar. E, o pior de tudo é que são os próprios governantes a assumir isto como se fosse uma grande coisa.
Pois é…
Quando se perde, e até se incute essa perca, dos valores “Pátrios ” é nisto que dá.

Quanto a um hipotético “golpismo”.
O que instituíam ?
Um regime de ditadura pseudo-democrática tipo Hugo Chavez ( o amigo do Sócrates ) ?
Um regime socialistas com o apoio da moribunda Cuba ?
Ou um regresso ao passado tipo “Estado Novo”?
Claro que não acredito que isto passe, sequer, pela cabeça de alguém.

Senhores militares:
Vão lá reivindicando as vossas necessidades. Não dêem tréguas às políticas do quero posso e mando do senhor Sócrates – ou seja lá quem for - , mas, a força das armas só deverão servir para a defesa da integridade Nacional.
Pelo menos é essa a vossa missão.
Manuel Abrantes

Comentários:
Tens razão meu Caro Abrantes, mas o problema é que a nossa garbosa classe castrense acha-se acima da ralé, e agora, podemos tirar finalmente conclusões para que tipo de povo é que eles fizeram a "revolução dos cravos", para eles próprios. Acabaram com a guerra do Ultramar entregando de qualquer maneira as nossas antigas províncias a indivíduos, na sua maior parte sem escrúpulos, que a primeira coisa que fizeram foi governarem-se envolvendo os respectivos povos em guerras fratricidas originando centenas de milharesde mortos, muitas dezenas de vezes mais do que os 13 anos de guerra que sustentamos, e agora os nossos militres como a vaca está secar-se vem com esta conversa, realmente Sócrates é um governante de papel, tanta merda fez, que até conseguiu pôr a classe militar contra ele, os únicos beneficiados que tem visto a árvore das patacas inclinar-se para eles, são os grandes financeiros e os grandes empresários, que tem enchido a pança até rebentar, enquanto isso, a grande maioria do povo português vê a sua vida a andar para trás, já não falando de dois ou três milhões de portugueses que estão à beira da miséria, miséria essa que lembra os anos 20 ou 30, ou seja regredimos 70 ou 80 anos, grande "democracia", sim senhor.
Nãopercebo é com as "estatisticas" dão ao PS tal percentagem, claro que a "oposição", é uma oposição de "faz-de-conta", fica mais ou menos calada e é contemplada com uns tachitos, o que na realidade é aquilo que a "nossa" classe politiqueira - não tem categoria para ser uma classe política - quer, desta forma o país está air em grande velocidade para o charco, enem imagino o que será, caso lá cheguemos, quando acabarem as esmolas da UE, então aí morremos de fome, ou desatamos com armas ou com cacetes, à trancada uns aos outros, isso vai ser certo.
Já agora, reparaste que o nosso glorioso "filosofo" nem se pronunciou perante aquela conversa do "capitão de Abril" Vasco Lourenço, ficou calado que nem um rato.
É a nossa sina, sermos lixados até não poder mais.
Um abraço.

LUSITANO
 
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