sexta-feira, janeiro 23, 2009

O TRATADO DE ZAMORA
Mais investimento público e mais transparência no sistema financeiro internacional, foi esta a receita ibérica de combate à crise deixada pelos primeiros-ministros português e espanhol, José Sócrates e José Luís Rodríguez Zapatero, em Zamora.
Foi a 24.ª cimeira luso-espanhola e contou com a presença de 24 ministros de ambos os países.
Foi o blá-blé habitual neste tipo de cimeiras. Muitos abraços e muitos beijinhos que, no fim, se resumem a umas excelentes almoçaradas e jantaradas.
Bem, o convívio entre ministros é sempre salutar para colocar as novidades em dia.
Espero que se tenham divertido e consolidado as amizades na família socialistas.
Mas, o que eu gostaria de relembrar aqui é um outro encontro. O Tratado de Zamora de 1143.
Pois, é que nenhum dos nossos ministros se lembrou disto.
Coitados! Sabem lá eles desta coisas…
Mais investimento público e mais transparência no sistema financeiro internacional, foi esta a receita ibérica de combate à crise deixada pelos primeiros-ministros português e espanhol, José Sócrates e José Luís Rodríguez Zapatero, em Zamora.
Foi a 24.ª cimeira luso-espanhola e contou com a presença de 24 ministros de ambos os países.
Foi o blá-blé habitual neste tipo de cimeiras. Muitos abraços e muitos beijinhos que, no fim, se resumem a umas excelentes almoçaradas e jantaradas.
Bem, o convívio entre ministros é sempre salutar para colocar as novidades em dia.
Espero que se tenham divertido e consolidado as amizades na família socialistas.
Mas, o que eu gostaria de relembrar aqui é um outro encontro. O Tratado de Zamora de 1143.
Pois, é que nenhum dos nossos ministros se lembrou disto.
Coitados! Sabem lá eles desta coisas…
Então aqui vai:
O Tratado de Zamora foi o resultado da conferência de paz entre Afonso Henriques e o rei Afonso VII de Castela e Leão, a 5 de Outubro de 1143, marcando geralmente a data da Independência de Portugal e o início da dinastia Afonsina.
Após uma vitória em Ourique, em 1139, D. Afonso Henriques consolidou a sua posição para formar um novo Reino, com o apoio do Arcebispo de Braga. Este procurou conciliar os dois primeiros e fez com que eles se encontrassem em Zamora nos dias 4 e 5 de Outubro de 1143, com a presença do cardeal Guido de Vico.
A soberania portuguesa, reconhecida por Afonso VII em Zamora, só veio a ser confirmada pelo Papa Alexandre III em 1179, mas o título de Rei de Portugal, que D. Afonso Henriques usava desde 1140, foi confirmado em Zamora, comprometendo-se então o monarca português, perante o cardeal Guido de Vico, a considerar-se vassalo da Santa Sé, obrigando-se, por si e pelos seus descendentes, ao pagamento de um censo anual.
Pelo menos, nós, relembramos o evento.
Manuel Abrantes
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