terça-feira, março 03, 2009
O ASSASSINATO DE NINO VIEIRA
Pessoalmente não podia deixar passar esta notícia sem um comentário.
Primeiro, porque a Guiné foi a terra onde deixei alguns anos de vida e onde cumpri o meu dever de militar. Em segundo lugar porque conheci, pessoalmente, João Bernardo Vieira (Nino Vieira).
O comandante Nino foi um líder que, após a independência, nunca deixou de se referir aos militares portuguesas como um exemplo de tenacidade e de coragem.
Não foi por acaso que esteve presente no funeral de António de Spínola como última homenagem aquele que, ele próprio, o chamou de “meu general”.
Nino Vieira foi um combatente tenaz nas matas da Guiné.
Depois da independência sempre foi o primeiro a relembrar aos seus camaradas de armas e de partido que a independência não foi conquistada pelo PAIGC mas sim dada por Portugal.
Um dia, logo após a dita independência, o comandante Nino quando eu entrava numa sala de reuniões entre militares Portugueses e tropas do PAIGC ordenou aos seus militares que se levantassem e que cumprimentassem militarmente os representantes de Portugal, dizendo em alto som: - “Estes são os homens a que devemos a liberdade”.
Isto, já depois dos políticos - julgo que no 1º Governo Provisório - terem atribuído a independência total à Guiné e Cabo Verde.
Na minha opinião, João Bernardo Vieira, foi um grande combatente mas um mau político.
Contudo – também na minha opinião – não merecia ter um fim tão triste.
Foi assassinado cobardemente!
Descansa em Paz velho combatente.
Fomos inimigos. Combatemo-nos mutuamente sem nunca deixamos de nutrir respeito.
Manuel Abrantes
Pessoalmente não podia deixar passar esta notícia sem um comentário.
Primeiro, porque a Guiné foi a terra onde deixei alguns anos de vida e onde cumpri o meu dever de militar. Em segundo lugar porque conheci, pessoalmente, João Bernardo Vieira (Nino Vieira).
O comandante Nino foi um líder que, após a independência, nunca deixou de se referir aos militares portuguesas como um exemplo de tenacidade e de coragem.
Não foi por acaso que esteve presente no funeral de António de Spínola como última homenagem aquele que, ele próprio, o chamou de “meu general”.
Nino Vieira foi um combatente tenaz nas matas da Guiné.
Depois da independência sempre foi o primeiro a relembrar aos seus camaradas de armas e de partido que a independência não foi conquistada pelo PAIGC mas sim dada por Portugal.
Um dia, logo após a dita independência, o comandante Nino quando eu entrava numa sala de reuniões entre militares Portugueses e tropas do PAIGC ordenou aos seus militares que se levantassem e que cumprimentassem militarmente os representantes de Portugal, dizendo em alto som: - “Estes são os homens a que devemos a liberdade”.
Isto, já depois dos políticos - julgo que no 1º Governo Provisório - terem atribuído a independência total à Guiné e Cabo Verde.
Na minha opinião, João Bernardo Vieira, foi um grande combatente mas um mau político.
Contudo – também na minha opinião – não merecia ter um fim tão triste.
Foi assassinado cobardemente!
Descansa em Paz velho combatente.
Fomos inimigos. Combatemo-nos mutuamente sem nunca deixamos de nutrir respeito.
Manuel Abrantes
Comentários:
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Sim, na Guiné, os que por lá ficaram depois da Independencia, sempre nutriram grande admiração pelos Portugueses e por Portugal.
Tanto os cristãos como os Muçulmnaos, e muitos ainda hje "choram" por Portugal e pelos Portugueses
Tanto os cristãos como os Muçulmnaos, e muitos ainda hje "choram" por Portugal e pelos Portugueses
Rui Barandas
Agradeço as suas palavras.
Ainda há gente ( mesmo do nosso lado) que não compreendem que os inimigos que lutaram com o mesmo fervor que nós podem merecer o nosso respeito.
É que há gente (mesmo ditos do nosso lado) que não sabem que o respeito pelo inimigo é sinónimo de grandeza de combate.
Bernardo Vieira foi meu inimigo.
Cambati-o !!!
Só não o abati porque não tive hipotese disso. E o mesmo vice-versa.
Os inimigos de ontem podem apertar as mão hoje, desde que respeitem os princípios de cada um.
Bernardo Vieira nunca prejudicou um branco depois da independência.
Tem a sua casa na Maia (Porto) onde vive a sua familia.
Estou-me "cagando" se era branco ou preto.
Foi um inimigo que combati e com muito orgulho.
Foi um grande guerrilheiro que nunca entendeu que não servia para político.
Lastimo que haja ditos nacionalistas que mandem bacoradas nos seus blogues só porque era um preto.
E lastimo muito mais quando esse ditos nacionalistas são candidatos que eu apoio.
È certo que matou soldados POrtugueses, como este mataram gente que apoiava.
È a guerra!!!
Eu sou Nacionalista Portugues. Por isso tenho a HONRA de respeitar os inimigos que justifiquem esse nome.
Manuel Abrantes
Agradeço as suas palavras.
Ainda há gente ( mesmo do nosso lado) que não compreendem que os inimigos que lutaram com o mesmo fervor que nós podem merecer o nosso respeito.
É que há gente (mesmo ditos do nosso lado) que não sabem que o respeito pelo inimigo é sinónimo de grandeza de combate.
Bernardo Vieira foi meu inimigo.
Cambati-o !!!
Só não o abati porque não tive hipotese disso. E o mesmo vice-versa.
Os inimigos de ontem podem apertar as mão hoje, desde que respeitem os princípios de cada um.
Bernardo Vieira nunca prejudicou um branco depois da independência.
Tem a sua casa na Maia (Porto) onde vive a sua familia.
Estou-me "cagando" se era branco ou preto.
Foi um inimigo que combati e com muito orgulho.
Foi um grande guerrilheiro que nunca entendeu que não servia para político.
Lastimo que haja ditos nacionalistas que mandem bacoradas nos seus blogues só porque era um preto.
E lastimo muito mais quando esse ditos nacionalistas são candidatos que eu apoio.
È certo que matou soldados POrtugueses, como este mataram gente que apoiava.
È a guerra!!!
Eu sou Nacionalista Portugues. Por isso tenho a HONRA de respeitar os inimigos que justifiquem esse nome.
Manuel Abrantes
O facto de ser negro não interessa nada. Não nos podemos esquecer é que Nino Vieira recebeu treino em Cuba, na URSS e na China. Só se formos ingénuos ao ponto de acreditar que o antigo Bloco de Leste ajudava os guerrilheiros africanos "por amor à liberdade", é que não chegaremos à conclusão óbvia que Nino Vieira, tal como os outros "independentistas" serviram a causa soviética contra a nossa Pátria. Portanto, estamos a falar de mercenários africanos ao serviço do comunismo internacional.
Quanto às palavras amáveis de Nino Vieira, aqui reproduzidas pelo autor do blogue, fazem parte de uma "cassete" utilizada por todos os "turras" depois da independência. É a diplomacia conveniente. Até os selvagens da UPA, responsáveis por massacres e violações em série, diziam maravilhas de Portugal e dos portugueses quando precisavam do apoio do governo português.
Esses turras nunca passaram de negreiros ao serviço de Moscovo. Digo "negreiros" porque esse é o nome correcto para os angariadores de escravos, actividade que os "independentistas" realizavam quando iam raptar jovens às aldeias e lhes punham uma AK-47 nas mãos. Muitos jovens africanos foram obrigados a combater sob ameaça de lhes matarem a família caso não o fizessem. PAIGC, MPLA e FRELIMO tiveram muitos escravos a combater nas suas fileiras.
Os turras têm a atenuante de serem selvagens, apesar de terem servido o imperialismo soviético. Mas o que dizer daqueles militares e políticos portugueses (desde o MFA aos governos socialistas, passando pela JSN e PREC) que andaram aos beijos e abraços com o inimigo após a independência? Aqueles que trocaram a sua família colectiva (a Pátria) por um punhado de lacaios comunistas... Esses são os traidores, os filhos castrados de uma Pátria vendida. Falam dos terroristas africanos com ternura, como uma criança ingénua que afaga a hiena que acabou de devorar a sua família.
Dux Bellorum
Quanto às palavras amáveis de Nino Vieira, aqui reproduzidas pelo autor do blogue, fazem parte de uma "cassete" utilizada por todos os "turras" depois da independência. É a diplomacia conveniente. Até os selvagens da UPA, responsáveis por massacres e violações em série, diziam maravilhas de Portugal e dos portugueses quando precisavam do apoio do governo português.
Esses turras nunca passaram de negreiros ao serviço de Moscovo. Digo "negreiros" porque esse é o nome correcto para os angariadores de escravos, actividade que os "independentistas" realizavam quando iam raptar jovens às aldeias e lhes punham uma AK-47 nas mãos. Muitos jovens africanos foram obrigados a combater sob ameaça de lhes matarem a família caso não o fizessem. PAIGC, MPLA e FRELIMO tiveram muitos escravos a combater nas suas fileiras.
Os turras têm a atenuante de serem selvagens, apesar de terem servido o imperialismo soviético. Mas o que dizer daqueles militares e políticos portugueses (desde o MFA aos governos socialistas, passando pela JSN e PREC) que andaram aos beijos e abraços com o inimigo após a independência? Aqueles que trocaram a sua família colectiva (a Pátria) por um punhado de lacaios comunistas... Esses são os traidores, os filhos castrados de uma Pátria vendida. Falam dos terroristas africanos com ternura, como uma criança ingénua que afaga a hiena que acabou de devorar a sua família.
Dux Bellorum
Os actos de rebeldia voltaram à Guiné-Bissau, e desta feita com graves consequências: morte do Presidente Nino Vieira.
A independência da Guiné, à semelhança das ex-colónias Portuguesas (Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe), foi conseguida após a Revolução do 25 de Abril de 1974, mais propriamente a 23 de Agosto desse mesmo ano e desde então, tal como nos países mencionados, assistiu-se a inúmeros actos de violência na luta pelo poder, fruto, como todos sabem (e alguns não querem admitir, especialmente a esquerda) da péssima e desastrosa descolonização que foi feita, a qual, após várias conferências e acordos (Lusaca, Argel, etc), deixou as ex-colónias Portuguesas completamente ao abandono e sem o mínimo apoio logístico.
Os recentes actos na Guiné-Bissau, nomeadamente a morte de Nino Vieira, apenas são mais um capítulo dos vários tumultos que acontecem frequentemente nas ex-colónias Portuguesas, resultado da catastrófica política de descolonização.
PEDRO NUNO MARQUES
REPRESENTANTE DO PNP
AVEIRO
A independência da Guiné, à semelhança das ex-colónias Portuguesas (Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe), foi conseguida após a Revolução do 25 de Abril de 1974, mais propriamente a 23 de Agosto desse mesmo ano e desde então, tal como nos países mencionados, assistiu-se a inúmeros actos de violência na luta pelo poder, fruto, como todos sabem (e alguns não querem admitir, especialmente a esquerda) da péssima e desastrosa descolonização que foi feita, a qual, após várias conferências e acordos (Lusaca, Argel, etc), deixou as ex-colónias Portuguesas completamente ao abandono e sem o mínimo apoio logístico.
Os recentes actos na Guiné-Bissau, nomeadamente a morte de Nino Vieira, apenas são mais um capítulo dos vários tumultos que acontecem frequentemente nas ex-colónias Portuguesas, resultado da catastrófica política de descolonização.
PEDRO NUNO MARQUES
REPRESENTANTE DO PNP
AVEIRO
03 Março 2009 - 00h30
Bissau: Atentados agravam instabilidade política e social
Presidente Nino Vieira assassinado
A Guiné-Bissau está de novo a ferro e fogo. Em cima das 19h30 de domingo, uma bomba accionada à distância no quartel-general da capital mata o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Tagmé Na Waie. As horas que se seguiram ao assassinato foram dramáticas. Com os militares já nas ruas e as rádios silenciadas, é lançado às 04h00 um ataque à residência privada de Nino Vieira.
Segundo fontes contactadas pelo CM, um comando oriundo de Mansoa, localidade a 80 quilómetros de Bissau, levou a cabo a retaliação pela morte de Na Waie e abate Nino Vieira com várias rajadas de metralhadora. A residência foi bombardeada com tiros de morteiro RPG e o presidente estava já na rua, em fuga, quando foi abatido. Nessa altura, carros da embaixada angolana em Bissau estavam junto à casa de Nino para o recolher. A mulher deste, Isabel Vieira, ainda conseguiu sair. O presidente tentou também a fuga em direcção aos veículos. Em vão. Fontes contactadas pelo CM asseguram que Nino foi varrido com os tiros de metralhadora. Pouco depois a sua morte era oficialmente anunciada e os militares juravam fidelidade ao poder político. Todas as fronteiras do país foram encerradas.
A rivalidade entre Nino Vieira, de etnia papel, e Na Waie, balanta, degradou-se nos últimos tempos. Depois de um passado de falsas amizades os dois homens mais poderosos do país mantinham uma relação artificial desde que Nino Vieira regressou a Bissau em 2005 após um exílio de seis anos em Portugal. Na Waie terá dito várias vezes em círculos fechados que o seu destino e o de Nino estavam ligados e que se ele morresse Nino morreria também.
A este passado turbulento juntou-se um dado novo: a Guiné tornou-se numa placa giratória para o tráfico de droga da América Latina que chega à Europa, tendo sido considerado pela ONU como um "narcoEstado". Os interesses à volta do contrabando de droga terão contribuído para o aumento das tensões entre Nino e Tagmé.
PERFIS
NINO VIEIRA
O mítico comandante da guerrilha, que nos 12 anos de Guerra Colonial na Guiné pôs o Sul do território a ferro e fogo, morreu de arma na mão, mas sem honra: acabou como ‘capo’ de um Estado corrupto. João Bernardo Vieira nasceu em Bissau a 27 de Abril de 1939. Fez parte do grupo de dez guineenses escolhidos por Amílcar Cabral, fundador do PAIGC, para receberem treino militar na China. Quando a guerra começou, em 1964, mandou no Sul, onde as tropas portuguesas passavam as piores provações. Após a independência foi chefe das Forças Armadas. Depôs Luís Cabral em 1980 e foi presidente. Foi deposto por Ansumane Mané em 1999. Refugiou-se em Portugal. e regressou a Bissau em 2005, sendo eleito presidente. Em todos os mandatos conseguiu suster golpes de Estado. A sorte que tantas vezes o protegeu, abandonou-o ontem.
TAGMÉ NA WAIE
Torturado – De etnia balanta, Tagmé Na Waie era CEMGFA desde 2005. Terá sofrido na pele a tortura do regime de partido único de Nino Vieira. Quando o general tentava a afirmação dos militares balantas foi brutalmente espancado e os testículos foram esmagados. Tagmé ficou do lado da Junta de Ansumane Mané em 1998/99e confessou que o objectivo era matar Nino Vieira.
RESGATE PÕE A NU FALTA DE MEIOS
É um dos cenários mais treinados pela Marinha. O resgate de portugueses apanhados numa crise militar na Guiné-Bissau está planeado há muito (ocorreu em 1998 e esteve iminente em 2005) mas emperra nos cinco dias de viagem (mais dois de preparação) que a força naval demoraria a atingir o país e na falta de meios: há apenas uma fragata disponível e Portugal ainda não tem um navio polivalente (com hospital e capaz de embarcar mais de 600 pessoas). A operação teria de contar com ajuda de países amigos ou navios mercantes. O Governo não tinha ontem ainda activado o plano de contingência.
Caso a situação na Guiné se deteriore e seja necessário avançar, ficam a nu as debilidades da Marinha de Guerra. A Força Naval Permanente, pronta a zarpar do Alfeite em 48 horas, conseguiria mobilizar apenas uma fragata, a ‘Corte Real’, uma vez que a ‘Álvares Cabral’ está em missão da NATO (em exercícios na Sicília) e a ‘Vasco da Gama’ em manutenção. A ‘Bartolomeu Dias’, a mais recente aquisição da Marinha, está ainda em treinos entre a Holanda, França e Reino Unido.
Com a ‘Corte Real’ (onde poderiam ser embarcados dois helicópteros) seguiriam mais uma ou duas corvetas e o reabastecedor ‘Bérrio’. Nesses navios iriam fuzileiros, entre eles de Operações Especiais, médicos e mergulhadores.
O navio polivalente que a Marinha tem prometido desde 2004 poderia, só ele, embarcar mais de 600 pessoas. Mas como ainda não saiu do papel, Portugal teria de pedir ajuda a países amigos (nomeadamente da CPLP) para assegurar o resgate ou, como em 1998, solicitar o auxílio a navios mercantes a operar na zona: nessa operação foram resgatadas 1237 pessoas de 33 nacionalidades, com o auxílio do mercante ‘Ponta de Sagres’.
Portugal poderia ainda mobilizar um pelotão de operações especiais do Exército, uma companhia de pára-quedistas e pelo menos um C130 da Força Aérea – estes só poderiam aterrar na Guiné após a situação ter estabilizado (o aeroporto de Bissau fica perto de vários quartéis militares).
NINO INTERCEDEU A FAVOR DE TRAFICANTE
Ousame Conté, o filho mais velho do ex-presidente da Guiné-Conacri Lansana Conté, falecido em Dezembro, admitiu recentemente ligações ao narcotráfico, após ter sido detido por suspeita de envolvimento no caso de um avião que transportava cocaína e dinheiro proveniente da Guiné--Bissau, em Abril de 2007.
Graças à intervenção de Nino Vieira, grande amigo e aliado do seu pai, Ousame Conté foi libertado. Contudo, após a morte do pai e depois de a Junta Militar ter assumido o poder em Conacri, o nome de Ousame Conté veio à baila quando suspeitos de tráfico de droga estavam a ser interrogados por militares. Foi citado por estar envolvido num caso de tráfico de droga que ocorreu em Agosto de 2008, após a aterragem em Boké, Conacri, de um pequeno avião que transportava 840 quilos de cocaína e dinheiro proveniente de Bissau. Na sequência de investigações conduzidas pelos militares, foram detidos o presidente do município de Boké, o governador da região e o director regional de segurança. Ousame Conté está detido no quartel--general da Junta liderada pelo capitão Mussa Dadis Camará, no poder no país desde a morte de Conté a 22 de Dezembro de 2008.
COMUNIDADE PORTUGUESA "ESTÁ CALMA"
"Está tudo bem com os portugueses. A situação está calma, mas é preciso ter cuidado. Existem muitas barreiras de segurança", declarou ontem ao CM José Pinto, um mecânico de 50 an os residente na Guiné-Bissau há pouco mais de dois anos. "Resido em São Vicente, a 50 km da capital, mas tenho colegas que vieram de Bissau e me disseram que não há problema algum", acrescentou. Também o secretário de Estado das Comunidades, António Braga, garantiu que a comunidade portuguesa – 2500 com dupla nacionalidade e 300 lusos – está "calma e tranquila". O primeiro--ministro José Sócrates pede aos cidadãos nacionais "que reajam com serenidade", salientando que "o Governo acompanha com detalhe a situação".
"NEGÓCIOS DAS DROGAS": Eduardo Costa Dias, Professor universitário
Correio da Manhã – O que terá originado esta crise?
Eduardo Costa Dias – A razão fundamental é o tráfico de droga. Houve sempre uma má relação entre Nino Vieira e Tagmé, mas este foi o principal responsável pelo regresso de Nino ao país em 2005. Contudo, as tensões entre ambos aumentaram devido ao negócio da droga.
– O que vai acontecer?
– É preciso esperar uns dias para avaliar a relação de forças no seio das Forças Armadas. O que aconteceu é muito pior do que um golpe porque ainda não se sabe quem são os interlocutores. O governo tem uma pequena margem de manobra neste processo.
PORTUGAL ACEITA ACOLHER VIÚVA
Portugal aceitará um eventual pedido de acolhimento da viúva do presidente da Guiné-Bissau Nino Vieira, segundo Paula Mascarenhas, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). "Se nos for feito o pedido, não será recusado", declarou Paula Mascarenhas. A porta-voz do MNE acrescentou não estar em condições de confirmar informações não oficiais que indicavam ontem que Isabel Vieira se terá refugiado na Embaixada de Angola em Bissau.
CPLP PARTE EM MISSÃO POLÍTICA
Uma delegação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), liderada pelo secretário de Estado da Cooperação e dos Negócios Estrangeiros português, partiu ontem em missão política para Guiné-Bissau.
Segundo João Gomes Cravinho, que ontem participou da reunião de emergência do CPLP, o objectivo da deslocação é "contactar com as autoridades" daquele país e, dessa forma, "assegurar que a ordem constitucional será reposta".
DEPOIMENTOS
"MUITA TURBULÊNCIA": Garcia Leandro General
Conheci Nino Vieira combatente, mas isso é passado. Como presidente da Guiné a sua morte pode trazer muita turbulência. É importante que os militares cumpram o que prometeram e o país mantenha a calma.
"FIGURA CARISMÁTICA": Almeida Bruno General
Morreu uma figura carismática e um homem que sempre foi amigo dos portugueses. Preocupa-me a instabilidade interna que agora possa surgir. Espero que a paz e a tranquilidade se mantenham. Isso é o fundamental.
"RECEIO DA VINGANÇA": Manuel Monge General
Independentemente de termos andado aos tiros, sinto que morreu um adversário de respeito, um ex-guerrilheiro comovente e cortês. Mas tenho receio das vinganças que daqui poderão vir.
"BRILHANTE E TEMÍVEL": Matos Gomes Coronel
Morreu um líder histórico da guerrilha que conduziu a Guiné à independência, um militar brilhante e temível que, como chefe de Estado, foi dos melhores interlocutores dos portugueses.
"REPUDIAMOS OS ATENTADOS": Cavaco Silva Presidente
Repudiamos veementemente estes atentados bem como actos que visem alterar, pela força e violência, a ordem constitucional
"TUDO FAREMOS PARA AJUDAR": José Sócrates Primeiro-ministro
Lamentamos profundamente o que aconteceu e tudo faremos para ajudar as autoridades da Guiné-Bissau
"ATAQUES FRAGILIZAM O PAÍS": Durão Barroso Pres. Comissão Europeia
Condeno firmemente estes ataques assassinos que fragilizam ainda mais a situação social e política do país
"ERA UM HOMEM VIOLENTO": Mário Soares Ex-presidente
Nino Vieira era um homem violento, em si próprio e morreu na violência
"UMA PESSOA EXCEPCIONAL": Valentim Loureiro Ex-cônsul da Guiné
Nino Vieira era uma pessoa excepcional. O nosso relacionamento esfriou quando ele se relacionou com gente ligada à Indonésia
"ORDEM CONSTITUCIONAL": Miguel Moratinos MNE espanhol
Espanha faz um apelo à manutençãoda ordem constitucional e reafirma o compromisso de cooperar
"JÁ SOFREU DEMASIADO": D. Jorge Ortiga Pres. Conf. Episcopal
A Guiné-Bissau já sofreu demasiado e marece ter a paz para poder proporcionar condições de deignidade para todos"
"ACOMPANHAMOS A SITUAÇÃO": J.M. Neves Primeiro-ministro Cabo Verde
O governo de Cabo Verde está acompanhar a situação com preocupação
FONTE: cm
Bissau: Atentados agravam instabilidade política e social
Presidente Nino Vieira assassinado
A Guiné-Bissau está de novo a ferro e fogo. Em cima das 19h30 de domingo, uma bomba accionada à distância no quartel-general da capital mata o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Tagmé Na Waie. As horas que se seguiram ao assassinato foram dramáticas. Com os militares já nas ruas e as rádios silenciadas, é lançado às 04h00 um ataque à residência privada de Nino Vieira.
Segundo fontes contactadas pelo CM, um comando oriundo de Mansoa, localidade a 80 quilómetros de Bissau, levou a cabo a retaliação pela morte de Na Waie e abate Nino Vieira com várias rajadas de metralhadora. A residência foi bombardeada com tiros de morteiro RPG e o presidente estava já na rua, em fuga, quando foi abatido. Nessa altura, carros da embaixada angolana em Bissau estavam junto à casa de Nino para o recolher. A mulher deste, Isabel Vieira, ainda conseguiu sair. O presidente tentou também a fuga em direcção aos veículos. Em vão. Fontes contactadas pelo CM asseguram que Nino foi varrido com os tiros de metralhadora. Pouco depois a sua morte era oficialmente anunciada e os militares juravam fidelidade ao poder político. Todas as fronteiras do país foram encerradas.
A rivalidade entre Nino Vieira, de etnia papel, e Na Waie, balanta, degradou-se nos últimos tempos. Depois de um passado de falsas amizades os dois homens mais poderosos do país mantinham uma relação artificial desde que Nino Vieira regressou a Bissau em 2005 após um exílio de seis anos em Portugal. Na Waie terá dito várias vezes em círculos fechados que o seu destino e o de Nino estavam ligados e que se ele morresse Nino morreria também.
A este passado turbulento juntou-se um dado novo: a Guiné tornou-se numa placa giratória para o tráfico de droga da América Latina que chega à Europa, tendo sido considerado pela ONU como um "narcoEstado". Os interesses à volta do contrabando de droga terão contribuído para o aumento das tensões entre Nino e Tagmé.
PERFIS
NINO VIEIRA
O mítico comandante da guerrilha, que nos 12 anos de Guerra Colonial na Guiné pôs o Sul do território a ferro e fogo, morreu de arma na mão, mas sem honra: acabou como ‘capo’ de um Estado corrupto. João Bernardo Vieira nasceu em Bissau a 27 de Abril de 1939. Fez parte do grupo de dez guineenses escolhidos por Amílcar Cabral, fundador do PAIGC, para receberem treino militar na China. Quando a guerra começou, em 1964, mandou no Sul, onde as tropas portuguesas passavam as piores provações. Após a independência foi chefe das Forças Armadas. Depôs Luís Cabral em 1980 e foi presidente. Foi deposto por Ansumane Mané em 1999. Refugiou-se em Portugal. e regressou a Bissau em 2005, sendo eleito presidente. Em todos os mandatos conseguiu suster golpes de Estado. A sorte que tantas vezes o protegeu, abandonou-o ontem.
TAGMÉ NA WAIE
Torturado – De etnia balanta, Tagmé Na Waie era CEMGFA desde 2005. Terá sofrido na pele a tortura do regime de partido único de Nino Vieira. Quando o general tentava a afirmação dos militares balantas foi brutalmente espancado e os testículos foram esmagados. Tagmé ficou do lado da Junta de Ansumane Mané em 1998/99e confessou que o objectivo era matar Nino Vieira.
RESGATE PÕE A NU FALTA DE MEIOS
É um dos cenários mais treinados pela Marinha. O resgate de portugueses apanhados numa crise militar na Guiné-Bissau está planeado há muito (ocorreu em 1998 e esteve iminente em 2005) mas emperra nos cinco dias de viagem (mais dois de preparação) que a força naval demoraria a atingir o país e na falta de meios: há apenas uma fragata disponível e Portugal ainda não tem um navio polivalente (com hospital e capaz de embarcar mais de 600 pessoas). A operação teria de contar com ajuda de países amigos ou navios mercantes. O Governo não tinha ontem ainda activado o plano de contingência.
Caso a situação na Guiné se deteriore e seja necessário avançar, ficam a nu as debilidades da Marinha de Guerra. A Força Naval Permanente, pronta a zarpar do Alfeite em 48 horas, conseguiria mobilizar apenas uma fragata, a ‘Corte Real’, uma vez que a ‘Álvares Cabral’ está em missão da NATO (em exercícios na Sicília) e a ‘Vasco da Gama’ em manutenção. A ‘Bartolomeu Dias’, a mais recente aquisição da Marinha, está ainda em treinos entre a Holanda, França e Reino Unido.
Com a ‘Corte Real’ (onde poderiam ser embarcados dois helicópteros) seguiriam mais uma ou duas corvetas e o reabastecedor ‘Bérrio’. Nesses navios iriam fuzileiros, entre eles de Operações Especiais, médicos e mergulhadores.
O navio polivalente que a Marinha tem prometido desde 2004 poderia, só ele, embarcar mais de 600 pessoas. Mas como ainda não saiu do papel, Portugal teria de pedir ajuda a países amigos (nomeadamente da CPLP) para assegurar o resgate ou, como em 1998, solicitar o auxílio a navios mercantes a operar na zona: nessa operação foram resgatadas 1237 pessoas de 33 nacionalidades, com o auxílio do mercante ‘Ponta de Sagres’.
Portugal poderia ainda mobilizar um pelotão de operações especiais do Exército, uma companhia de pára-quedistas e pelo menos um C130 da Força Aérea – estes só poderiam aterrar na Guiné após a situação ter estabilizado (o aeroporto de Bissau fica perto de vários quartéis militares).
NINO INTERCEDEU A FAVOR DE TRAFICANTE
Ousame Conté, o filho mais velho do ex-presidente da Guiné-Conacri Lansana Conté, falecido em Dezembro, admitiu recentemente ligações ao narcotráfico, após ter sido detido por suspeita de envolvimento no caso de um avião que transportava cocaína e dinheiro proveniente da Guiné--Bissau, em Abril de 2007.
Graças à intervenção de Nino Vieira, grande amigo e aliado do seu pai, Ousame Conté foi libertado. Contudo, após a morte do pai e depois de a Junta Militar ter assumido o poder em Conacri, o nome de Ousame Conté veio à baila quando suspeitos de tráfico de droga estavam a ser interrogados por militares. Foi citado por estar envolvido num caso de tráfico de droga que ocorreu em Agosto de 2008, após a aterragem em Boké, Conacri, de um pequeno avião que transportava 840 quilos de cocaína e dinheiro proveniente de Bissau. Na sequência de investigações conduzidas pelos militares, foram detidos o presidente do município de Boké, o governador da região e o director regional de segurança. Ousame Conté está detido no quartel--general da Junta liderada pelo capitão Mussa Dadis Camará, no poder no país desde a morte de Conté a 22 de Dezembro de 2008.
COMUNIDADE PORTUGUESA "ESTÁ CALMA"
"Está tudo bem com os portugueses. A situação está calma, mas é preciso ter cuidado. Existem muitas barreiras de segurança", declarou ontem ao CM José Pinto, um mecânico de 50 an os residente na Guiné-Bissau há pouco mais de dois anos. "Resido em São Vicente, a 50 km da capital, mas tenho colegas que vieram de Bissau e me disseram que não há problema algum", acrescentou. Também o secretário de Estado das Comunidades, António Braga, garantiu que a comunidade portuguesa – 2500 com dupla nacionalidade e 300 lusos – está "calma e tranquila". O primeiro--ministro José Sócrates pede aos cidadãos nacionais "que reajam com serenidade", salientando que "o Governo acompanha com detalhe a situação".
"NEGÓCIOS DAS DROGAS": Eduardo Costa Dias, Professor universitário
Correio da Manhã – O que terá originado esta crise?
Eduardo Costa Dias – A razão fundamental é o tráfico de droga. Houve sempre uma má relação entre Nino Vieira e Tagmé, mas este foi o principal responsável pelo regresso de Nino ao país em 2005. Contudo, as tensões entre ambos aumentaram devido ao negócio da droga.
– O que vai acontecer?
– É preciso esperar uns dias para avaliar a relação de forças no seio das Forças Armadas. O que aconteceu é muito pior do que um golpe porque ainda não se sabe quem são os interlocutores. O governo tem uma pequena margem de manobra neste processo.
PORTUGAL ACEITA ACOLHER VIÚVA
Portugal aceitará um eventual pedido de acolhimento da viúva do presidente da Guiné-Bissau Nino Vieira, segundo Paula Mascarenhas, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). "Se nos for feito o pedido, não será recusado", declarou Paula Mascarenhas. A porta-voz do MNE acrescentou não estar em condições de confirmar informações não oficiais que indicavam ontem que Isabel Vieira se terá refugiado na Embaixada de Angola em Bissau.
CPLP PARTE EM MISSÃO POLÍTICA
Uma delegação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), liderada pelo secretário de Estado da Cooperação e dos Negócios Estrangeiros português, partiu ontem em missão política para Guiné-Bissau.
Segundo João Gomes Cravinho, que ontem participou da reunião de emergência do CPLP, o objectivo da deslocação é "contactar com as autoridades" daquele país e, dessa forma, "assegurar que a ordem constitucional será reposta".
DEPOIMENTOS
"MUITA TURBULÊNCIA": Garcia Leandro General
Conheci Nino Vieira combatente, mas isso é passado. Como presidente da Guiné a sua morte pode trazer muita turbulência. É importante que os militares cumpram o que prometeram e o país mantenha a calma.
"FIGURA CARISMÁTICA": Almeida Bruno General
Morreu uma figura carismática e um homem que sempre foi amigo dos portugueses. Preocupa-me a instabilidade interna que agora possa surgir. Espero que a paz e a tranquilidade se mantenham. Isso é o fundamental.
"RECEIO DA VINGANÇA": Manuel Monge General
Independentemente de termos andado aos tiros, sinto que morreu um adversário de respeito, um ex-guerrilheiro comovente e cortês. Mas tenho receio das vinganças que daqui poderão vir.
"BRILHANTE E TEMÍVEL": Matos Gomes Coronel
Morreu um líder histórico da guerrilha que conduziu a Guiné à independência, um militar brilhante e temível que, como chefe de Estado, foi dos melhores interlocutores dos portugueses.
"REPUDIAMOS OS ATENTADOS": Cavaco Silva Presidente
Repudiamos veementemente estes atentados bem como actos que visem alterar, pela força e violência, a ordem constitucional
"TUDO FAREMOS PARA AJUDAR": José Sócrates Primeiro-ministro
Lamentamos profundamente o que aconteceu e tudo faremos para ajudar as autoridades da Guiné-Bissau
"ATAQUES FRAGILIZAM O PAÍS": Durão Barroso Pres. Comissão Europeia
Condeno firmemente estes ataques assassinos que fragilizam ainda mais a situação social e política do país
"ERA UM HOMEM VIOLENTO": Mário Soares Ex-presidente
Nino Vieira era um homem violento, em si próprio e morreu na violência
"UMA PESSOA EXCEPCIONAL": Valentim Loureiro Ex-cônsul da Guiné
Nino Vieira era uma pessoa excepcional. O nosso relacionamento esfriou quando ele se relacionou com gente ligada à Indonésia
"ORDEM CONSTITUCIONAL": Miguel Moratinos MNE espanhol
Espanha faz um apelo à manutençãoda ordem constitucional e reafirma o compromisso de cooperar
"JÁ SOFREU DEMASIADO": D. Jorge Ortiga Pres. Conf. Episcopal
A Guiné-Bissau já sofreu demasiado e marece ter a paz para poder proporcionar condições de deignidade para todos"
"ACOMPANHAMOS A SITUAÇÃO": J.M. Neves Primeiro-ministro Cabo Verde
O governo de Cabo Verde está acompanhar a situação com preocupação
FONTE: cm
Tenho em casa os Videos sobre o retorno de Alpoim Galvão á Guiné, e efectivamente náo se deixa de se ficar sensibilizado da maneira como as populações recebem um "suposto inimigo".
O respeito que lhe nutriram e como tudo se passou mais uma vez veio provar que as populações em si não eram contra os portugueses nem nunca foram.
Eu mesmo quando voltei à cidade da Beira, há uns anos, os negros que me reconheceram, choraram muito, e tinham muitas saudades dos portugueses e alguns queixavam-se de que a Mãe Pátria os tinha bandonado. Notei que muitos tinham nas suas salas as bandeiras portuguesas.
Fui para a Beira pela primeira vez em 1950, em que a tribo de lá eram os XiSenas, e nunca, mas nunca vi ou notei alguma antipatia ou agressividade por parte dos populações africanas.
Com 17 , 18 anos saia á caça seguido de dez a 15 negros que me acompanhavam sempre, e sempre se prestavam para ajudar e algumas vezes quando me perdia, eram eles que me indicavamn o caminha de volta para casa.
Senti-me sempre seguro no meio deles..............
Toda esta trama da descolonização não foi mais do que um jogo de interesses por parte de terceiros que só quizeram ganhar com as mesmas para desgrça dos africanos,
Antes, países prósperos e ricos hoje verdadeiros cemitérios onde já pereceram milhares e mniohares de negros..............
os portugueses eram uma influencia de establilização entres aquelas populções de tribos diferentes.....
O respeito que lhe nutriram e como tudo se passou mais uma vez veio provar que as populações em si não eram contra os portugueses nem nunca foram.
Eu mesmo quando voltei à cidade da Beira, há uns anos, os negros que me reconheceram, choraram muito, e tinham muitas saudades dos portugueses e alguns queixavam-se de que a Mãe Pátria os tinha bandonado. Notei que muitos tinham nas suas salas as bandeiras portuguesas.
Fui para a Beira pela primeira vez em 1950, em que a tribo de lá eram os XiSenas, e nunca, mas nunca vi ou notei alguma antipatia ou agressividade por parte dos populações africanas.
Com 17 , 18 anos saia á caça seguido de dez a 15 negros que me acompanhavam sempre, e sempre se prestavam para ajudar e algumas vezes quando me perdia, eram eles que me indicavamn o caminha de volta para casa.
Senti-me sempre seguro no meio deles..............
Toda esta trama da descolonização não foi mais do que um jogo de interesses por parte de terceiros que só quizeram ganhar com as mesmas para desgrça dos africanos,
Antes, países prósperos e ricos hoje verdadeiros cemitérios onde já pereceram milhares e mniohares de negros..............
os portugueses eram uma influencia de establilização entres aquelas populções de tribos diferentes.....
o que Dux diz é verdade, embora, não deixe de concordar com Abrantes, mas como disse em cima, eu na Beira, nunca tive nenhum problema com os negros.............nem nunca me apercebi que algum branco o tivesse, e alguns viviam isolados no meio do mato a centenas de kilómetros de alguma povoação.
Tenho tido aqui mais confrontaçóes, problemas, difamações, e sei lá que mais com os meus compatriotas brancos, do que alguma vez tive com um negro em Moçambique, e muito em particular na Beira.
Na Africa do Sul, aí nem se falava com eles. Não havia algum contacto social..............
WHITES ONLY
EUROPEANS ONLY
por todo o lado.............
Rui Barandas
Tenho tido aqui mais confrontaçóes, problemas, difamações, e sei lá que mais com os meus compatriotas brancos, do que alguma vez tive com um negro em Moçambique, e muito em particular na Beira.
Na Africa do Sul, aí nem se falava com eles. Não havia algum contacto social..............
WHITES ONLY
EUROPEANS ONLY
por todo o lado.............
Rui Barandas
o outro nacionalista estava a referir-se aos comandos africanos (Portugueses)que foram assassinados após a independência pelo PAIGC.
Mas o outro nacionalista que também tem um blog , olvidou o seguinte facto:
quuem mandou matar esses militares, foi o ex presidente Luis Cabral que posteriormente foi deposto por Nino Vieira
Mas o outro nacionalista que também tem um blog , olvidou o seguinte facto:
quuem mandou matar esses militares, foi o ex presidente Luis Cabral que posteriormente foi deposto por Nino Vieira
Com todo o respeito que possa ter pela morte de um Chefe de Estado nao vou dizer que sinto profunda tristeza e muito menos surpresa pelo que sucedeu a Nino Vieira pois a Guine tem sido uma terra de continuada violencia ha muitas decadas e nao vai agora -- por causa desta morte --deixar de o ser antes pelo contrario.
Ate talvez fique pior pois a seguir vem a retaliacao !
O que muitos nao se apercebem ainda hoje e que Tribalismo em Africa e mais relevante que a nacionalidade e os povos sao primeiramente fieis as Tribos e nao necessariamente aos paises independentes onde aquelas estao integradas. Tais paises na verdade sao frequentemente "artificiais" pois sua geografia corresponde apenas a algo que os europeus criaram para sua conveniencia como colonialistas que eram. Os europeus estiveram-se nas tintas para o territorio ocupado por cada Tribo e simplesmente desenharam num mapa de Africa em branco os limites das suas coutadas dividindo tribos e etnias que dificilmente se entendem
Gostaria tambem de recordar que na hora de funerais de "gente importante" -- ate dos piores bandidos e criminosos da historia -- e da praxe recordar apenas coisas boas e fazerem-se louvores ao ao morto esquecendo convenientemente todas as patifarias que aquele possa ter cometido.
E assim e nao ha nada a fazer !
Ate a Igreja e conivente nisso.
Sao portanto elogios que soam a falso e que nao aquecem nem arrefecem. Tais palavras e encomios leva-as o vento .
Nao esqueco porem que que Nino Vieira foi um homem que sempre praticou e pactuou com a violencia.
E la diz o velho ditado que "quem ventos semeia colhe tempestades " !Mais cedo ou mais tarde lideres africanos como Nino Vieira, Robert Mugabe e outros do mesmo calibre que existem por essa malafortunada Africa fora irao pagar por todo o mal que tem feito.
Penso que foi isso que sucedeu.
Nino pagou pelas canalhices e sacanices que fez durante muitos anos a gentes que nao esqueceram nem perdoaram.
Assunto encerrado e nao vale a pena fazer mais encomios ao homem. O comunicado acima ate parece que veio da A.N.I. !
Para o Portugal e os portugueses de hoje nao tem qualquer significado a morte do lider guineense e nao vale sequer a pena derramar lagrimas e demontar grande consternacao.
Deus, melhor que os homens, o julgara.
Ate talvez fique pior pois a seguir vem a retaliacao !
O que muitos nao se apercebem ainda hoje e que Tribalismo em Africa e mais relevante que a nacionalidade e os povos sao primeiramente fieis as Tribos e nao necessariamente aos paises independentes onde aquelas estao integradas. Tais paises na verdade sao frequentemente "artificiais" pois sua geografia corresponde apenas a algo que os europeus criaram para sua conveniencia como colonialistas que eram. Os europeus estiveram-se nas tintas para o territorio ocupado por cada Tribo e simplesmente desenharam num mapa de Africa em branco os limites das suas coutadas dividindo tribos e etnias que dificilmente se entendem
Gostaria tambem de recordar que na hora de funerais de "gente importante" -- ate dos piores bandidos e criminosos da historia -- e da praxe recordar apenas coisas boas e fazerem-se louvores ao ao morto esquecendo convenientemente todas as patifarias que aquele possa ter cometido.
E assim e nao ha nada a fazer !
Ate a Igreja e conivente nisso.
Sao portanto elogios que soam a falso e que nao aquecem nem arrefecem. Tais palavras e encomios leva-as o vento .
Nao esqueco porem que que Nino Vieira foi um homem que sempre praticou e pactuou com a violencia.
E la diz o velho ditado que "quem ventos semeia colhe tempestades " !Mais cedo ou mais tarde lideres africanos como Nino Vieira, Robert Mugabe e outros do mesmo calibre que existem por essa malafortunada Africa fora irao pagar por todo o mal que tem feito.
Penso que foi isso que sucedeu.
Nino pagou pelas canalhices e sacanices que fez durante muitos anos a gentes que nao esqueceram nem perdoaram.
Assunto encerrado e nao vale a pena fazer mais encomios ao homem. O comunicado acima ate parece que veio da A.N.I. !
Para o Portugal e os portugueses de hoje nao tem qualquer significado a morte do lider guineense e nao vale sequer a pena derramar lagrimas e demontar grande consternacao.
Deus, melhor que os homens, o julgara.
Todo o negro que tivesse sido colaborador com os portugueses, foram terrivelmente perseguidos, mortos, e mesmo fuzilados, após
as diversas independencias e mesmo antes..
A Dra. Tereza Simeão e outros foram fuzilados na Machava e enterrados numa vala comum, e o Dr.Domingos Arouca, teve que fugir também..
A maior parte, dos que não puderam vir para Portugal para se safarem tiveram que se refugiar no mato e em países visinhos e só voltaram depois de muitos anos passados.........
Um dia quando o povo Portugues souber de toda a verdade, se alguma vez vier a saber, pois há forças esquerdistas constantes a trabalhar para que isso não aconteça, será uma "bomba atómica."...............
Agora vai começar mais uma descrição num jornal qualquer sobre a guerra colonial, e vai-se ver que são os autores, e são sempre, sem excepção gente do PCP ou do PS.......que contam como querem a ã maneira deles, pois o medo é muito para que venha ao de cimo a verdade que está por detraz da descolonização e de toda a trama "diabólica", que alguns dos supostos portugueses tramaram.................
as diversas independencias e mesmo antes..
A Dra. Tereza Simeão e outros foram fuzilados na Machava e enterrados numa vala comum, e o Dr.Domingos Arouca, teve que fugir também..
A maior parte, dos que não puderam vir para Portugal para se safarem tiveram que se refugiar no mato e em países visinhos e só voltaram depois de muitos anos passados.........
Um dia quando o povo Portugues souber de toda a verdade, se alguma vez vier a saber, pois há forças esquerdistas constantes a trabalhar para que isso não aconteça, será uma "bomba atómica."...............
Agora vai começar mais uma descrição num jornal qualquer sobre a guerra colonial, e vai-se ver que são os autores, e são sempre, sem excepção gente do PCP ou do PS.......que contam como querem a ã maneira deles, pois o medo é muito para que venha ao de cimo a verdade que está por detraz da descolonização e de toda a trama "diabólica", que alguns dos supostos portugueses tramaram.................
Não tenho comentado o tema porque quis ver e ler as opiniões.
O meu respeito pelo comandate Nino é apenas com este e não com o partido ou policas seguidas pelos sucessivos governos da Guiné-Bissau.
Respeito a memória do comandante Nino como ele respeitaria a minha se fosse ao contrário.
Disto não tenho dúvidas.
E eu não passo de um simples cidadão sem qualquer cargo politico.
Sou um ex-militar Português que aprendeu a respeitar o inimigo quando ele merece esse mesmo respeito.
E, para mim, o comandante Nino Vieira merece-me esse mesmo respeito. Isto como combatente e não como politico.
Contudo, volto a repetir, nos anos 70 só não o abati porque não tive hipotese disso.
Era meu inimigo e a minha missão era abate-lo. A ele e a todos os seus camaradas de guerrilha.
Eu sei que é dificil perceber isto.
È a formação militar...
Manuel Abrantes
O meu respeito pelo comandate Nino é apenas com este e não com o partido ou policas seguidas pelos sucessivos governos da Guiné-Bissau.
Respeito a memória do comandante Nino como ele respeitaria a minha se fosse ao contrário.
Disto não tenho dúvidas.
E eu não passo de um simples cidadão sem qualquer cargo politico.
Sou um ex-militar Português que aprendeu a respeitar o inimigo quando ele merece esse mesmo respeito.
E, para mim, o comandante Nino Vieira merece-me esse mesmo respeito. Isto como combatente e não como politico.
Contudo, volto a repetir, nos anos 70 só não o abati porque não tive hipotese disso.
Era meu inimigo e a minha missão era abate-lo. A ele e a todos os seus camaradas de guerrilha.
Eu sei que é dificil perceber isto.
È a formação militar...
Manuel Abrantes
agora defende assassinos de portugueses?
E ainda se diz que é nacionalista?
http://www.forumnacional.net/showthread.php?p=347083#post347083
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E ainda se diz que é nacionalista?
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